terça-feira, 7 de setembro de 2010

Escolhendo uma corretora - segurança do sistema

Só é possível investir em ações por intermédio de uma corretora de valores, que pode ser independente (não atrelada a bancos de varejo) ou a corretora do seu próprio banco.
Existem cerca de 80 corretoras atualmente no Brasil, a lista completa delas está disponível no site da bolsa www.bmfbovespa.com.br .

Uma corretora de valores é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil e fiscalizada pela CVM, Comissão de Valores Mobiliários, que é o órgão governamental responsável pela regulação e fiscalização do mercado de capitais. O “xerife” da bolsa. Oportunamente falaremos mais sobre a CVM.

Não existe uma única resposta sobre o que é melhor, corretora de banco ou corretora independente. Cada uma tem serviços e custos diferentes e cada investidor tem suas demandas: uns querem mais informação, outros querem menores custos, há ainda os que querem atendimento e assessoria e aqueles que preferem fazer tudo sozinhos. O importante é entender que corretoras prestam serviços, não são vendedoras de produtos. Serviço não se escolhe por preço baixo, serviço se escolhe por qualidade e característica (aquele que melhor atende as suas demandas).

Então ao escolher uma corretora faça uma pesquisa pela internet, pergunte para conhecidos que já investem e são clientes, se informe sobre tradição e solidez e, principalmente, saiba quais os serviços prestados e se estão de acordo com o que você procura.
As chances de uma corretora quebrar são raras e pequenas, mas existem. É preciso entender que todo o sistema de negociação da bolsa e das corretoras é muito sério, bem estruturado, regulado e fiscalizado (pelo banco central e pela CVM). Não fosse assim a bolsa não existiria há 120 anos no Brasil.
Se uma corretora quebrar nada acontece com as suas ações, elas são de fato custodiadas pela CBLC (companhia brasileira de liquidação e custódia) e não são atingidas em caso de quebra. Por exemplo, imagine que todo o dinheiro depositado nos bancos ficasse, na verdade, guardado no Banco Central do Brasil. Eu tenho conta no Itaú, você no Bradesco, no meu extrato aparece o meu saldo de dinheiro em conta, no seu também, mas na verdade esse dinheiro só aparece nos nossos extratos mas não está nos bancos,  está guardado no mesmo lugar, no Banco Central. Se o Itaú pega fogo, quebra, desaparece, nada acontece com o meu dinheiro porque ele não estava dentro do banco. Então eu poderia abrir uma conta no Bradesco e pedir para o Banco Central que entregasse o meu dinheiro agora pelo Bradesco.
Bom, não é isso que acontece com o nosso dinheiro nos bancos, mas é isso sim que acontece com as nossas ações nas corretoras.
As ações ficam custodiadas (guardadas) de fato na CBLC, que é uma câmara central de liquidação e custódia. Se uma corretora quebrar basta abrir conta em qualquer outra corretora e solicitar à CBLC a transferência das suas ações para a nova corretora.
Já com o dinheiro vivo que está na conta da corretora não é assim, em caso de quebra você pode ter dificuldades para receber seu dinheiro. Vai receber, ele é seu, mas pode ser que para isso precise entrar com uma ação judicial.
Mas como dito é muito raro uma corretora quebrar, note que mesmo com a recente crise de 2008 não tivemos nenhum caso de quebra ou falência de corretoras. Além do mais, no mundo de hoje, antes de uma empresa falir ela acaba sendo comprada por uma concorrente. Não quero dizer que corretoras de valores não quebram e que isso não irá acontecer no futuro, mas esse é um risco é ínfimo.

Um comentário:

  1. Legal este post! Interessante é entender o sistema! Agora quanto a escolher entre a assessoria de um banco ou corretora, depende muito do que a pessoa espera e estuda sobre seus investimentos.

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