segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Conta Margem


Conta margem é o cheque especial do investidor em bolsa.
Como vimos no post sobre movimentação financeira a conta que um investidor mantém numa corretora chama-se conta liquidação e só existe para liquidar operações de bolsa.

Porém é possível abrir também uma conta margem, mediante assinatura de um contrato específico, pela qual o investidor poderá tomar empréstimos para a compra de ações, evidentemente pagando juros (e outros custos). Funciona na prática como um cheque especial.
É também uma operação de alavancagem, já que permite que um investidor compre ações sem ter dinheiro para pagá-las, portanto é preciso oferecer garantias para ter acesso a esse financiamento.
A conta margem é autorizada pelo Conselho Monetário Nacional, por meio da resolução 1133 e pela CVM conforme a Instrução 51/1986.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Carteiras



De modo geral quem é investidor de bolsa diz que possui uma carteira de ações. O que é correto, porém, nos bastidores, possuímos diversas carteiras de ações.
Como vimos, as ações podem ser usadas como garantia para diversas operações, então, para que isso efetivamente aconteça, é preciso separar as ações em carteiras específicas e cada uma dessas carteiras possui um código próprio.
Quando alguém compra ações elas vão para a carteira livre, cujo código é 21016. Nessa carteira as ações não estão servindo para cobertura nem para garantia. Estão “livres” para serem vendidas a qualquer momento.
Existem mais de 30 carteiras com funções e códigos diferentes. A maioria para funções tão específicas que nem vale a pena escrever.
Vejamos as carteiras que são as mais usadas pelos investidores pessoa física no dia a dia do mercado.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Um pouco de história

Como eram liquidados os negócios antigamente na bolsa.

Texto escrito pelo meu pai, que há 44 anos atua no mercado.


 A Bovespa foi fundada em 23/8/1890 por Emilio Rangel Pestana, um negociante e intermediário de títulos, ações e mercadorias que transformou seu escritório em um centro coordenador dos negócios com valores mobiliários e café, reunindo 93 membros.
Foi a primeira Bolsa independente do país, chamada Bolsa Livre de São Paulo.
Foi reestruturada em 1895, como Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo e em 1934 passou a chamar-se Bolsa Oficial de Valores de São Paulo e formada por pessoas físicas, os corretores de fundos públicos, autorizados pelo governo do estado até 1965 quando cada um constituiu uma sociedade corretora, possuindo um título patrimonial  e o direito a exclusividade para intermediar os negócios no pregão.
A centralização ocorria para a realização (fechamento) dos negócios, porém a entrega dos títulos por parte dos vendedores para os compradores era feita posteriormente, diretamente nos escritórios de cada um, por funcionários ou prepostos, estes também sujeitos a autorização do governador.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ETF - Fundos de índices

Atualizado em 17/05/2012

ETF - Exchange Traded Funds (fundos negociados em bolsa) ou ainda fundos de índices.
O ETF é um fundo de ações referenciado em um índice, como o Ibovespa, Brasil 50, imobiliário, financeiro etc. 

Já falamos sobre índices e agora vamos falar sobre os fundos de índices.
ETF’s existem no Brasil desde 2004 quando o BNDES lançou o PIBB11, na época foi feita uma grande campanha publicitária, muitos tomaram conhecimento e investiram no PIBB11
Mas ainda não era usado por aqui esse termo ETF. Alguns anos depois a gestora BlackRock formou novos fundos de índices, chamados de Ishares, a partir de então o termo ETF ficou mais conhecido.
Fundos de índices são fundos de investimentos em ações cuja a carteira é composta pelas mesmas ações e nas mesmas proporções, que uma carteira teórica de um índice.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

IBOVESPA e índices


Índices são usados nas bolsas do mundo inteiro, pode-se dizer que um índice é o termômetro de uma bolsa.
O principal índice da BM&FBovespa é o IBOVESPA, amplamente divulgado no mundo inteiro, é o referencial usado por todos para saber se a bolsa subiu ou caiu e se a carteira de  ações de um investidor teve desempenho melhor ou pior do que o índice.
Mas do que é feito o IBOVESPA? Como sabemos se subiu ou caiu?
O índice Bovespa é uma amostragem, reflete o comportamento de uma carteira teórica composta de 70 ações. Cada ação tem um “peso”, uma participação maior ou menor nessa carteira e a soma do preço de todas elas, nas suas devidas proporções, resulta na pontuação do Ibovespa.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

BDR's (Google, Apple, Avon, Exxon etc.)

BDR – Brazilian Depositary Receipts (atualizado em 19/07/2011)
A imprensa divulgou amplamente o início da negociação de BDR’s de grandes empresas americanas na Bovespa, como Google, Apple, Pfizer, etc. (lista completa abaixo).
Trata-se de BRD’s nível I (não patrocinados) que na verdade estão sendo negociados no mercado de balcão organizado pela BM&FBovespa.
Mercado de balcão é um termo usado para o que não é negociado no pregão. Carros são negociados no mercado de balcão, imóveis são negociados no mercado de balcão, jóias, títulos de clubes etc. Ou seja, um mercado não centralizado.
A BM&FBovespa possui o mercado de balcão organizado, onde ativos que não são listados em bolsa podem ser negociados praticamente da mesma maneira que uma ação, embora com regras e parâmetros de negociação mais brandos.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Operar vendido e alavancar - Riscos e garantias.



Bolsa de Valores, como qualquer investimento, oferece riscos. Não há nenhum ramo de negócios em que não se corra risco de perder dinheiro.
A operação mais básica de todas, que é a compra de ações no mercado a vista, oferece risco de prejuízo financeiro, de um investidor sair de uma posição com menos dinheiro do que entrou.
Mas falamos nesse caso de uma diminuição de patrimônio, um investidor tinha R$ 50.000 e hoje tem 40.000. Isso não leva ninguém à insolvência.
Mas dentre as diversas operações possíveis em bolsa algumas oferecem riscos muito maiores do que esse, é possível montar posições que, se derem errado, podem levar um investidor a quebrar, perder tudo o que te tem, ou pior, perder mais do que tinha.

Operações de venda são um exemplo típico. Já falamos que um investidor que acredite que a bolsa (ou uma determinada ação) vá cair pode vender primeiro para comprar depois. Vende o que não tem, portando faz uma venda descoberta. Os riscos nesse caso são enormes, infinitos na verdade.