Esse blog é dedicado a falar de investimentos, explicar o funcionamento dos mercados de bolsa de valores e fundos imobiliários, para que todos possam aprender a investir melhor e, claro, multiplicar o dinheiro.
Mas hoje vou escrever sobre como usar a bolsa para dividir dinheiro.
A BM&FBovespa mantém desde 2003 uma iniciativa muito bacana que é a Bolsa de Valores Socioambientais.
Quando criada era apenas bolsa de valores sociais, mas o mundo mudou, as preocupações com o ambiente ganharam destaque e em 2007 o projeto passou a agregar também essas iniciativas.
A BVSA funciona de maneira bem parecida com a própria bolsa, o investidor doador analisa os projetos listados e decide em qual deles quer investir (doar dinheiro).
Os projetos cadastrados passam por processo de seleção, onde a BVSA checa a licitude da entidade e do projeto que apresenta.
As entidades precisam apresentar um projeto e o valor necessário para a execução. Digamos que uma entidade que cuide de crianças carentes queira expandir a sua sede e para isso precise de R$ 300.000,00. Uma vez aprovado, o projeto é listado no site da BVSA por um ano ou até que atinja a meta de arrecadação.
Conseguindo arrecadar todo o dinheiro dá lugar a outros projetos.
O investidor pode escolher doar para um projeto específico ou para um tema (como erradicar a pobreza extrema e a fome, garantir a sustentabilidade ambiental, melhorar a saúde materna etc), como se investisse num índice de ações sociais. Esses temas são os 8 objetivos de desenvolvimento do milênio.
Uma vez feita a doação o investidor recebe relatórios sobre a implantação do projeto pela entidade.
A doação mínima é de R$ 20,00 e o pagamento pode ser feito por cartão de crédito ou boleto bancário.
Esse é um projeto muito sério e transparente da BVM&FBovespa que merece ser prestigiado e divulgado!
Conheça o site, escolha seus projetos, invista em ações socioambientais.
Divida o seu dinheiro com entidades sérias que fazem a diferença na vida de muita gente. Nessa bolsa não existe prejuízo!
CONAMAs REGIONAIS - ENTENDA A PROPOSTA
ResponderExcluirÉ inegável que o Conselho Nacional do Meio Ambiente – criado há mais de três décadas - precisa de uma reformulação voltada a sua adequação a atual realidade ambiental do Brasil.
Hoje, com mais de 100 conselheiros, pode ser comparado (por força de expressão) a um “Maracanã Ambiental” que lotado dificulta muita as vezes o processo das deliberações.
Por exemplo, muitas das decisões são tomadas segundo uma visão centralizada – a partir dos olhos de Brasília – mas que poderiam ser melhor deliberadas se o fossem diretamente nas regiões (Biomas) onde os problemas ocorrem e, sobretudo, pelas pessoas / entidades que (efetivamente) vivem o problema. Ou seja, por exemplo, conselheiros das Regiões Sul e Sudeste do Brasil deliberando sobre assuntos ligadas a Caatinga.
Deste modo, é inadiável que se promova uma AMPLIAÇÃO das atividades do CONAMA, ou seja, um processo de REESTRUTURAÇÃO que possa assegurar mais eficácia ao CONAMA, sem retirar dele a importância que tem no cenário ambiental nacional.
A proposta é a da criação dos CONAMAS REGIONAIS POR BIOMAS onde os temas específicos de cada Bioma
possam ser levados a discussão nas regiões onde ocorrem, envolvendo quem conhece a problemática regional.
Um Bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grande áreas contínuas, em escala regional. Que apresenta flora e fauna similares, definida pelas condições físicas predominantes nas regiões. Esses aspectos climáticos, geográficos e litológicos (das rochas), por exemplo, fazem com que uma Bioma seja dotado de uma diversidade biológica singular e própria. No Brasil, por ordem decrescente de tamanho, os Biomas existentes são: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e o Pantanal
Ao CONAMA caberia manter as discussões e deliberações dos macro temas ambientais (que envolvem dois ou mais Biomas), enquanto aos CONAMAS REGIONAIS caberia, para cada Bioma, o debate e deliberação de temas ligados a tais regiões específicas.
A criação dos CONAMAS REGIONAIS levaria a seus plenários entidades hoje fora do CONAMA (produto da superlotação) que estariam ligadas a região específica para a qual se pretende uma intervenção ambiental. Um espaço significativo para entidades ambientalistas locais e regionais que dariam uma grande dinamização dos trabalhos.
Não é novidade a criação de Conselhos Regionais no Brasil; o Estado do Espírito Santo já descentralizou seu Conselho Estadual de Meio Ambiente há mais de 10 anos e, alguns anos depois, de forma própria, o Estado de Mina Gerais evoluiu no memso sentido.
Portanto, a proposta de criação dos CONAMAS REGIONAIS não é uma novidade a ser testada; é uma experiência muito bem vivenciada que poderá ser adequada ao CONAMA.
Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
Conselheiro do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Estado do Espírito Santo / CONSEMA – ES
Coordenador do Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental e Social / NEPAS
roosevelt@ebrnet.com.br